Rádio Master Dancer – A rádio que só toca flashback!
Por Redação • Leitura: 6–8 min

Ele embalou corações com uma voz suave e um olhar tímido, mas por trás dos hits inesquecíveis existe uma história de glórias, pressões e bastidores que pouca gente conhece. Esta é a jornada de Glenn Medeiros — do adolescente havaiano que venceu um concurso local ao fenômeno mundial, e das luzes do palco aos dilemas que o afastaram da música.

Assista ao vídeo completo

Para viver a experiência completa com imagens, trechos musicais e narração, assista ao vídeo abaixo:

Curte histórias que arrepiam a nostalgia? Inscreva-se no canal Rádio Master Dancer – a rádio que só toca flashback! Deixe seu like, comente e compartilhe: seu apoio libera mais conteúdos profundos sobre artistas que marcaram época.

Glenn Alan Medeiros nasceu em 24 de junho de 1970, no Havaí, em uma família de origem portuguesa e formação católica. Aos 16 anos, um momento decisivo: a vitória no concurso Brown Bags to Stardom, em Honolulu, interpretando “Nothing’s Gonna Change My Love for You”, sucesso de George Benson. A gravação, produzida com apoio de um selo independente local e do diretor de programação Jay Stone (rádio KIKI), começou tímida, mas encontrou rádio após rádio — até se transformar em febre.

No início de 1987, a canção já brilhava nas paradas de Adult Contemporary, preparando a explosão mundial que viria. Em 1988, “Nothing’s Gonna Change My Love for You” alcançou o 12º lugar na Billboard Hot 100, ficou quatro semanas no topo do Reino Unido e liderou paradas no Canadá e por toda a Europa, rendendo certificado de ouro. O álbum de estreia, Glenn Medeiros (1987), consolidou o jovem havaiano como símbolo do romantismo pop.

O alcance internacional cresceu com “Un Roman d’amitié (Friend You Give Me a Reason)”, dueto com a francesa Elsa Lunghini (1988). O single estreou alto, passou semanas em ascensão e dominou a França por seis semanas no topo, permanecendo 25 semanas no Top 50. A versão em inglês, “Love Always Finds a Reason”, com Ria Brieffies (Dolly Dots), também conquistou o público, chegando ao Top 20 holandês. O segundo álbum, Not Me (1988), garantiu discos de ouro na França e na Espanha, enquanto singles como “Long and Lasting Love” e “Never Get Enough of You” mantinham o nome de Glenn em alta rotação. Houve ainda a colaboração com The Jets em “Under Any Moon”, trilha de Karatê Kid III, com uma breve aparição no filme.

O mundo via um romântico impecável. Nos bastidores, a pressão crescia — e a carreira cobrava um preço que o público não imaginava.

Em 1990, uma virada: “She Ain’t Worth It”, dueto com Bobby Brown, levou Glenn ao nº 1 da Billboard Hot 100 por duas semanas e rendeu certificado de ouro nos EUA, além de altos desempenhos no Reino Unido, Austrália, Canadá, Finlândia e Irlanda. Vieram ainda “All I’m Missing Is You” (com Ray Parker Jr.), e a parceria com Thomas Anders, do Modern Talking, em “Standing Alone”. Parecia o caminho perfeito para décadas de palco — mas a realidade seria outra.

Na metade dos anos 1990, Glenn decidiu se afastar da música. Mais tarde, revelaria ter testemunhado o uso desenfreado de drogas e sofrido propostas indecorosas de figuras poderosas em troca de impulsionar sua carreira. Sua resposta foi firme: talvez aquilo rendesse mais sucesso, mas não valia sua integridade. A escolha abriu portas para uma reinvenção.

Ele graduou-se, fez mestrado em Educação (2003) e, em 2014, doutorado em Liderança Educacional. Atuou como professor, vice-diretor e, em 2015, assumiu a direção da St. Louis School (Honolulu), tornando-se CEO em 2017. Em 2022, seu nome voltou às manchetes, desta vez por questionamentos à gestão, com acusações de má administração e nepotismo — contrabalançadas por membros do conselho que negaram ambiente tóxico, embora reconhecessem “desafios de liderança” e ações corretivas.

Entre memórias e controvérsias, permanece a música que marcou gerações. Para muitos, bastam as primeiras notas de “Nothing’s Gonna Change My Love for You” para que lembranças de um tempo mais simples invadam a sala. É esse choque de ternura e realismo — a distância entre o palco e o bastidor — que faz a história de Glenn Medeiros continuar tão humana e, por isso mesmo, inesquecível.

Participe da conversa

Se você assistiu até aqui, conte nos comentários: qual música de Glenn Medeiros marcou sua vida? Sua lembrança pode aparecer em um próximo conteúdo aqui no site e no nosso canal.

E para não perder nenhuma história que mexe com a memória afetiva, inscreva-se no Rádio Master Dancer – a rádio que só toca flashback!

Palavras-chave: Glenn Medeiros, Nothing’s Gonna Change My Love for You, She Ain’t Worth It, Elsa Lunghini, Love Always Finds a Reason, anos 80, flashback, bastidores da música, história da música
© Rádio Master Dancer. Reproduções autorizadas com crédito e link para a fonte.